Cidade Imaginada

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Mais de 5000 espectáculos

Durante os 132 dias da EXPO’98, o Recinto animou-se das mais diversas formas.

Em sessões integradas na programação global dos espectáculos temporários, sucederam-se espectáculos de música, teatro, circo, magia, dança, cinema, vídeo, multimédia, interdisciplinaridade, moda, literatura, etc.

Esta animação foi pensada de forma a ser diversificada para que os visitantes, cujos interesses artísticos variam, se sentissem envolvidos por ela e a vivessem num ambiente de convivência e tolerância. A ideia central, da qual partiu a concepção do programa, foi a de criar circunstâncias para que os visitantes fossem espectadores activos.

A programação temporária foi concebida em dois grandes blocos: o primeiro integrado na programação da iniciativa da EXPO’98, nacional e internacional; o segundo, a programação da iniciativa dos participantes. No total, realizaram-se 1890 espectáculos temporários diferentes, repartidos por 4877 sessões.

Para além dos espectáculos temporários, a EXPO’98 produziu três espectáculos permanentes que se realizaram diariamente no Recinto e que, no seu total, atingiram os 8 700 000 espectadores em 1908 sessões realizadas:

foto_olharapos_2.gif (20945 bytes)Os Olharapos, 60 criaturas fantásticas, deambularam diariamente pelo Recinto, de manhã à noite. Seres criados à medida das fantasias dos antigos cartógrafos e dos medos de gerações de marinheiros e pescadores, os Olharapos, Olharapas e Olharapins eram criaturas de fantasia, umas com um olho, outras com três, meio-animais, meio-humanos. Eles surgiam dos lugares mais inesperados, flutuando na água, pendurando-se dos telhados ou trepando às árvores. O Render da Guarda tinha lugar diariamente, às 13:00, frente ao Pavilhão da Utopia.

A Peregrinação, desfile realizado ao pôr do sol por 11 grandes máquinas de peregrinar e 19 "irmãos" mais pequenos, os peregrimóveis, contou com a participação de 333 elementos. Durava hora e meia e terminava junto ao Tejo, com a aparição de mais uma criatura fantástica, o "Rhinocéros", instalada a bordo de um batelão. Todas estas máquinas eram manipuladas e accionadas por equipas de actores e acompanhantes. O "Rhinocéros" foi construído pela companhia teatral francesa Royal de Luxe e simulava um rinoceronte gigante preso numa jaula metálica. A besta mecânica era animada pelo trabalho de 19 artistas, abrindo e fechando os olhos, urrando e fazendo tudo aquilo que um animal verdadeiro faria. As restantes máquinas de peregrinar inspiraram-se, quer em temas tradicionais portugueses, como o "ciclista com campainha" ou a Nau Catrineta, quer em objectos simbólicos (a "garrafa com mensagem" ou o astrolábio), ou ainda, em mitos da literatura (a "máquina do tempo").

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Por último, repetiu-se todos os dias, antes da meia noite, na Doca dos Olivais, o "Acqua Matrix", espectáculo multimédia que associava imagens sonoras e visuais e cujo tema era o nascer de um novo homem na viragem do século. Uma ilha plataforma, torres e outras peças móveis, um insuflável onde eram projectadas imagens gigantes, uma "máquina de escapar" e o próprio Oceanário eram os ingredientes de uma fábula que o público criava.

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Espaços Cénicos

No Recinto da EXPO’98 existiram 17 espaços cénicos vocacionados para acolher espectáculos de natureza diferente, embora estas vocações não fossem restritivas.

Teatro Luís de Camões – Sala Júlio Verne
O Teatro Luís de Camões - Sala Júlio Verne, localizava-se na área Sul do Recinto, próximo do Pavilhão dos Oceanos e do Pavilhão da Realidade Virtual. Este edifício, da autoria dos Arquitectos Manuel Salgado e Marino Fei, foi concebido de acordo com as exigências da sua programação, isto é, com características cenográficas e acústicas e espaços auxiliares próprios para a realização de uma ópera, espectáculos de teatro e de variedades ou musicais. O Teatro foi ainda palco dos espectáculos que os países participantes promoveram em celebrações específicas ou assinalando os respectivos Dias Nacionais.Durante a EXPO’98, o Teatro Luís de Camões acolheu um total de 82 sessões de espectáculos.

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Anfiteatro na Doca
Vocacionado para grandes espectáculos de música, teatro, dança, moda e concertos multiétnicos, enquadrados no belo cenário natural da Doca dos Olivais, por ali passaram, entre outros, Ney Matogrosso, Companhia de Dança Deborah Colker, Olívia Byington e João Afonso. Este espaço cénico contava com uma plateia para 1 800 espectadores, 900 dos quais sentados, tendo realizado 160 sessões para 281 070 espectadores.

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Praça SONY
Localizada no extremo Norte do Recinto da EXPO’98, a Praça SONY ficou a dever o seu nome ao Fornecedor Oficial do ecrã gigante aí instalado – o Jumbotron. Durante a EXPO’98, a Praça Sony foi palco de transmissões televisivas em directo, vídeo-clips, reportagens e programas directamente relacionados com a EXPO’98. Junto à Praça Sony existiu ainda uma zona com 14 bares de serviço permanente e uma enorme pista de dança. Como espaço cénico, esteve vocacionada particularmente para a música pop e rock. Por ali passaram nomes como Lou Reed, Garbage, BB King, Joaquín Cortez, Marisa Monte, Gabriel o Pensador, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Dulce Pontes, Savage Garden, Morcheeba, Xutos e Pontapés, GNR, Delfins, Maria João e Mário Laginha, entre muitos outros. Albergou 235 sessões no palco principal, com 300 m2, 134 no palco Midnight Tea e 110 sessões autónomas de imagem no Jumbotron. Na Praça SONY – Terreno realizaram-se ainda 118 sessões das mais variadas actividades culturais. O número total de espectadores ascendeu a cerca de 2,3 milhões.

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Palco Promenade
O palco Promenade foi dimensionado e projectado para a apresentação de formações musicais de maior porte, designadamente bandas ou orquestras, dança tradicional ou contemporânea e grandes grupos corais ou folclóricos. Recebeu todas as quintas-feiras, pelas 24:00, o Festival de Guitarra Portuguesa, coordenado por Pedro Caldeira Cabral. Acolheu também, entre muitos outros, o Festival de Guitarra Portuguesa com António Chainho, Companhia de Dança Contemporânea de Angola, Las Malqueridas, Wagner Tiso, Barrio Ballet e Festival 1998 Lisboa Codex. Neste espaço cénico realizaram-se 304 sessões para 356 960 espectadores.

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Palco 1
Este palco era dedicado ao Fado, referência da cultura urbana portuguesa, com um programa coordenado por Carlos do Carmo. Localizado no extremo Sul do Recinto, acolheu 245 sessões para 107 210 espectadores.

Palco 2
Localizado na zona Sul do Recinto, junto ao Pavilhão do Conhecimento dos Mares, este espaço foi pensado para a música Jazz em pequenas formações, adaptando-se também a surpresas no campo da World Music. No Palco 2, 29 930 espectadores assistiram a 141 sessões realizadas.

Palco 3
Localizado em frente ao Pavilhão da Utopia, foi dedicado à música dos países de língua oficial portuguesa, tendo recebido também grupos de outros países que desenvolvem trabalhos musicais de inspiração afro-brasileira. Neste palco realizaram-se 130 sessões para um total de 34 470 espectadores.

Palco 4
Dedicado ao programa "Sentir os Povos", contou com presenças, entre outras, da cultura cigana e da América Latina. Este palco, localizado junto ao Pavilhão da Utopia, acolheu 149 sessões para 57 010 espectadores.

Palco 5
Neste palco, de carácter mais generalista, apresentaram-se agrupamentos de música de câmara, trios, quartetos, música clássica, recolhas tradicionais, música de vanguarda e intervenções teatrais. Localizado no interior de uma esplanada, na Frente Ribeirinha Norte, acolheu 132 sessões para 33 375 espectadores.

Palco 6
Por este espaço, caracterizado pela presença da Música Alternativa Portuguesa, passaram bandas de hip-hop, rock, pop, dance e outras tendências da música de expressão urbana. No Palco 6, localizado no interior de uma esplanada na Frente Ribeirinha Norte, foram realizadas 129 sessões para 42 415 espectadores.

Área Aberta
Grande praça destinada a acolher eventos especiais, como grandes espectáculos multidisciplinares, desde teatro, circo e dança, até espectáculos equestres, acontecimentos desportivos, ou ainda um acampamento tuaregue vindo do deserto argelino. Neste grande espaço decorreu todo o programa Espectáculos Memória EXPO’98, com espectáculos da companhia Sarruga, grupo Teatr Biuro Podrózy ou o grupo Theather Titanick. O grande circo teve também aí lugar: Cirque Plume, Les Arts Sauts, Circo Ronaldo e Galindos. Também marcou presença o Acampamento Virtual, onde 50 jovens de todo o mundo, ligados via internet, discutiram o tema da EXPO’98. A Área Aberta, localizada no Cais das Naus, a Norte da Torre Vasco da Gama, teve 173 sessões para 130 050 espectadores.

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Jardim de Timor
Neste palco localizado no topo Sul dos Jardins Garcia de Orta, bem como em toda a superfície do jardim, teve lugar a programação para os mais jovens, o programa da Rede Escolas, que juntou grupos oriundos de cerca de 200 escolas de todo o País e espectáculos de rua para todos. Este espaço acolheu 348 sessões para cerca de 88 000 espectadores.

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© Parque EXPO 98, S.A.